
SINOPSE:
Vivemos em um mundo diverso cheio de oportunidade sem precedentes. De acordo com o autor Eric Bryant em Not Like Me (Não como eu), podemos nos tornar agentes de mudança criando uma união genuína entre pessoas de variadas histórias e crenças através de nossos realcionamentos.
Através de histórias bem-humoradas e dicernimentos aguçados retirados da própria experiência pessoal e falhas de Eric, as experiências de outros e a vida e ensinamentos de Jesus, você vai descobrir como lidar com barreiras étnicas, raciais, culturais ou ideológicas rumo a uma amizade genuína com outras pessoas.
Além disso, os "caçadores" espirituais vão descobrir que quando retirado da religião criada ao redor dEle, o sonho de Jesus para nosso mundo é extraordinário e refrescante. Nesse novo mundo, podemos descobrir como resolver conflitos, superar amarguras, criar um futuro melhor, desenvolver comunidades diversificadas e apreciar nosso mundo diverso.
Not Like Me inclui um breve artigo ao fim de cada capítulo com aplicações práticas e perguntas para grupos pequenos. Para informações adicionais visite http://www.notlikeme.org/ (website em inglês).
Quando recebi o livro da editora (pensei que era outro que eu estava esperando), li a contra-capa, dei uma folheada rápida e pensei que seria um leitura chata (confesso!) e arrastada (nunca julguem um livro pela capa ou pela contra-capa), MAS quando comecei a ler simplesmente não parei até acabar. Não sei se o tema ou a forma como o autor escreve, ou as duas coisas, porém o certo é que me senti culpada por ter achado que seria chato.
Superado meu sentimento de culpa, tenho que dizer que o tema é super atual e importante e apesar de retratar a realidade americana, tem aplicações para qualquer sociedade do mundo.
Na introdução (A arte de cortejar) o autor inicia falando sobre como superar os estereótipos cristãos (o autor é branco, careca e nasceu e cresceu no Texas).
Parte I: Pessoas são o que mais importa.
O primeiro capítulo fala sobre como ganhar pessoas e influenciar amigos.
No segundo ele trata sobre nossa responsabilidade em sair do sofá e fazer amigos na nossa vizinhança (ops!), mas com a mente aberta para aceitar as diferenças (quaisquer que sejam). Ele afirma que nossa vizinhança é nosso campo missionário (ops, again!)
No capítulo 3 ele trata sobre nosso comportamento com estranhos que encontramos no dia-a-dia e como ás vezes algumas oportunidades são perdidas.
Capítulo 4 fala sobre a comunhão de aberrações (yep, somos culpados pelas pessoas acharem isso), como abrir oportunidades para criarmos comunidades.
Parte II: O amor é o novo apologético (o aurélio online não me ajudou muito não, então vai ser lição de casa pra vocês).
Antes de mais nada, essa parte do livro foi a mais difícil para mim. O capítulo 5 chamado Guerra Incivil trata dos conflitos entre cristãos, o autor fala sobre encontrar paz e resolver conflitos (pelo menos tentar, né?) e minha consciência saiu me acusando de várias situações (que não vou comentar aqui, hello-o-o) onde eu poderia ou deveria ter agido de forma diferente, até mesmo onde eu me senti (sinto) vítima.
Capítulo 6 trata sobre estereótipos, como ver além deles. Para minha surpresa ele cita na página 132 sobre o caso do brasileiro assassinado no metrô de Londres pela polícia (Jean Charles de Menezes) e como o 11 de setembro afetou e aprofundou esses estereótipos na sociedade americana (e no mundo). Ao final desse capítulo eu fiquei pensando em como ajo e reajo a loiras, altas, brancas e bonitas, parece engraçado mas não é.
Capítulo 7, os intocáveis, aprendendo a ver aqueles que negligeciamos. Preciso dizer mais alguma coisa? Será que realmente estamos enxergando aquele bêbado (fedendo) que entra no trem ou no ônibus? Eu confesso que vejo sim, mas para que não cheguem perto de mim. O autor cita o relacionamento de Jesus com os marginalizados na sociedade judaica da época (leprosos, etc).
Capítulo 8 trata das diferenças ideológicas e políticas (conservadores e liberais nos EUA). Interessante que é nesse capítulo que ele trata sobre o problema da imigração (principalmente ilegal), apesar de não deixar claro seu posicionamento.
Capítulo 9 entitulado Lots of sex in the city (é um trocadilho com o filme/série, não é?), fala sobre homossexualidade, e sobre como os cristãos (americanos) deixaram transparecer ao longo dos anos que Deus odeia os gays. Ele até cita que alguns pais (cristãos!) não se importam que seus filhos estejam envolvidos com sexo pré-marital, contudo que seja um relacionamento heterossexual. O autor diz que mesmo que as consequências sejam diferentes, todo e qualquer pecado nos afasta de Deus, portanto, TODOS sem Deus não temos a força e o desejo de mudar.
Capítulo 10, a mesquita na porta ao lado (será que ele pensou sobre a polêmica construção da mesquita perto do Ground Zero em Nova York???), fala sobre como construir relacionamentos com pessoas de diferentes religiões. O autor afirma que nossa proximidade e amizade com as pessoas é que cria as oportunidades para que elas desejem saber sobre o "segredo" (Jesus) em nossas vidas.
Na conclusão o último parágrafo define e resume nossa missão:
"Como seguidores de Cristo, precisamos buscar ativamente amizades com pessoas que temos a tendência de evitar. Temos que ver os outros com os olhos de Deus e estarmos dispostos a mudar como vivemos para assim servirmos e amarmos aqueles de quem discordamos ou aqueles que até mesmo historicamente detestamos. Deus enviou outros a nós. Agora é a nossa vez de sermos enviados por Ele para outros."
Você encontra o autor no Twitter & Facebook.
Para saber o que é Blogtour acesse o site aqui ou minha amiga Cíntia bandida fez um post mastigadinho em português no Free to be me.
Um grande abraço e um fim de semana abençoado para cada um de vocês!!!!