BIOGRAFIA / MEMÓRIAS
Título: Through Gates of Splendor
Autora: Elisabeth Elliot
Editora: Tyndale
Ano: 2005
Páginas: 268
Cinco homens entraram na selva à procura de uma tribo selvagem... e nunca retornaram.
Em Janeiro de 1956, uma história trágica inundou os noticiários ao redor do mundo. Cinco homens, movidos pela paixão de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo, se aventuraram mais profundamente nas selvas do Equador. O objetivo deles: fazer contato com uma tribo isolada cuja resposta prévia ao mundo exterior tinha sido atacar todos os estranhos.
No tempo determinado, suas respectivas jovens esposas sentaram-se próximas ao seus rádios, esperando por uma mensagem que nunca chegou...
Through Gates of Splendor, a história de Nate Saint, Roger Youderian, Ed McCully, Pete Fleming e Jim Elliot, foi escrito pela primeira vez em 1957 pela viúva de Jim Elliot, Elisabeth. Décadas mais tarde, essa história de amor incondicional e obediência completa a Deus ainda inspira novos leitores. Essa edição contem desenvolvimentos subsequentes nas vidas das famílias e da Tribo Waodani.
Esse livro foi uma das sugestões que o Amazon.com me deu, eu li a sinopse, gostei e comprei. Isso em 2009, comecei a ler, parei e o livro ficou aqui na estante me olhando todo esse tempo...
O livro não foi editado subsequentemente à sua primeira edição da década de 50 (apesar do acréscimo de informações sobre a vida das famílias e da tribo), por isso a leitura é díficil, além disso a forma como a autora escreve parece que estamos lendo aqueles textos científicos da faculdade... Mas chegando no meio do livro, quando os missionários se preparam e partem para a "Operação Auca", tudo flui mais rápido e você só consegue parar depois de ler até o fim, pelo menos foi assim comigo.
Elisabeth Elliot (mais conhecida pelo seu livro Paixão e Pureza), narra a história apresentando trechos de cartas, diários e gravações feitas pelos cinco missionários. Você consegue ter uma noção de quem eram os homens antes e depois de se tornarem missionários. Essa edição contém dois epílogos, um de 1958 e outro de 1996.
1958: Quase 3 anos após a tragédia, Elisabeth escreve esse epílogo quando vivia com a tribo Waodani. Através do perdão que as viúvas e suas famílias ofereceram aos índios, as portas se abriram e parte da tribo foi alcançada.
1996: Dessa vez, Elisabeth está morando nos EUA novamente, mas retorna ao Equador às vezes. Nesse epílogo ela faz uma analogia das vidas e questionamentos das viúvas com a história de Jó. E explica as diferentes formas como o massacre foi interpretado por diferentes pessoas. Uma coisa que me chamou atenção é quando ela reconhece a mutação causada pelo "homem branco", ela diz pensar na inconveniência, desorientação, confusão, exterminação e doenças que os índios sofrem porque missionários chegaram a eles finalmente.
O livro vai receber nota 4 por causa da história inspirativa de amor, obediência, entrega e principalmente perdão, mas perde pontos por causa da forma cansativa como foi escrito. De qualquer maneira eu recomendo o livro. Só não consegui achar qual o título em português (Através dos Portões de Esplendor?????, E se foi mudado na versão brasileira???)
O livro tem uma "continuação" escrita por Steve Saint (filho de Nate, piloto do grupo). O livro entitulado End of the Spear (Terra Selvagem em português / tá vendo como muda?) tem uma versão cinematográfica, o único trailer que achei foi este:
Há um documentário baseado no livro que li feito pela HBO, com o título Beyond Gates of Splendor, não achei nada no youtube legendado para postar, mas encontrei dois vídeos relacionados com a história chamados de Piloto das Selvas:
PARTE II
Nossa! Essa resenha até que ficou grande, hein? Vou encerrar com uma citação do final do livro que falou muito ao meu coração. Deus abençoe vocês!!!
"Não podemos depender no nível de nossa espiritualidade. É em Deus e nada menos que em Deus, porque o trabalho é de Deus e o chamado é de Deus e todas as coisas são convocadas por Ele e para Seus propósitos, a cena inteira, toda a bagunça, o pacote completo - nossa coragem e covardice, nosso amor e egoísmo, nossas forças e fraquezas. (p.267)"