8 de abril de 2011

O tamanho da nossa tragédia

O Brasil acordou de luto hoje e com lágrimas nos olhos e uma dor imensa no coração eu escrevo esse post. Eu sei a dor das famílias que perderam seus filhos ontem para uma violência sem sentido e bestial. Não sou mãe, mas sou tia e só de pensar que uma coisa ruim possa acontecer aos meus pequeninos... Deus tenha misericórdia de mim!
Mas eu sei porque faço parte dos milhões de órfãos da violência também. Do lado daqui, do lado da dor sem tamanho tudo é muito, muito escuro e sem sentido.

Passei o dia ontem pensando no seguinte: Na dor de Deus. A dor que Ele sentiu com o massacre daquelas crianças. A dor que Ele está sentindo o tempo todo porque O deixamos de fora de nossas vidas e quando algo como isso acontece nós O culpamos.
Todos os dias Ele nos oferece Amor.
Nós escolhemos ódio.
Todos os dias Ele nos oferece Vida.
Nós escolhemos morte.
Todos os dias Ele nos oferece Benção.
Nós escolhemos maldição.

E então quando nosso mundo desmorona, exigimos, gritamos, choramos, xingamos, etc.
ONDE VOCÊ ESTAVA? POR QUE DEIXOU ISSO ACONTECER?
Acho que Ele deve chorar e dizer: "Como posso fazer algo se vocês não me querem na vida de vocês?"

Não consigo pensar em mais nada para escrever por enquanto... mas lembrei da música que posto a seguir:

Nós Vivemos (Superchick)

Há uma cruz na beira da estrada
Onde uma mãe perdeu um filho
Como ela poderia saber que na manhã em que ele saiu
Seria a última vez?
Ela conversaria com ele por um pouco mais de tempo
Assim, ela poderia dizer que o amava mais uma vez
E abraçá-lo apertado
Mas na vida nunca se sabe
Quando nós estamos chegando ao final da estrada
Então o que fazemos
Com tragédia ao nosso redor?

Nós vivemos, nós amamos
Nós perdoamos e nunca desistimos
Porque os dias que nós recebemos são presentes dos Céus
E hoje nos lembramos de viver e amar

Nós vivemos, nós amamos
Nós perdoamos e nunca desistimos
Porque os dias que nós recebemos são presentes dos Céus
E hoje nos lembramos de viver e amar

Há um homem que espera pelos testes
Para ver se o câncer já se espalhou
E agora ele pergunta: Por que eu esperei pra viver até a hora de morrer?
Se eu pudesse ter o tempo de volta como eu viveria
A vida é como um presente
E então como a história termina?
Bem, essa é a sua história e tudo depende
Então não deixe ela se tornar verdadeira
Saia e faça o que temos que fazer

Acordando para outra manhã escura
As pessoas estão de luto
O tempo da vida lá fora é tempestuoso
Mas o que precisa acontecer para as nuvens sumirem,
para que nós percebamos que cada dia
é um presente, de algum modo, de alguma forma
Então vamos levantar nossas cabeças da escuridão 
ativar esta nova mentalidade 
e começar a viver a vida porque ela ainda não se foi
E a tragédia é um lembrete para tirarmos as vendas dos olhos
E acordar e viver a vida como devemos viver 
Seguindo em frente com nossas cabeças erguidas
porque a vida vale a pena ser vivida

Descontrolada (Unglued, de Lysa TerKeurst)

São os adolescentes que andam na calçada como se fossem donos da rua e ainda têm a coragem de me xingar porque um deles esbarrou em mim. ...