AUTORES REGIONAIS
No coração da selva africana, tribos, clãs e cidades inteiras estão sendo dizimadas. Os prisioneiros de guerra se tornam escravos e são vendidos ou trocados por mercadorias nas relações comerciais entre africanos e árabes.
A expansão marítima trouxe os europeus ao continente e com isso a comercialização da mão-de-obra escrava cresce assustadoramente reforçando ainda mais essa condição pré-existente na cultura africana.
Nos navios negreiros as condições sub-humanas se deterioram. Muitos morrem antes de chegarem ao destino. Muitos deixam seus corações e suas almas em sua terra natal. Agora são apenas um corpo usado para o trabalho escravo. Um dia de cada vez é o lema que os impulsiona e quem sabe um dia, enfim, eles encontrarão o que lhes é mais valioso: a liberdade. Muitos deles ainda não sabem, mas apenas a encontrarão através da morte.
Açoites que desintegram a pele e marcam corpos e mentes com cicatrizes eternas. Rios infestados de piranhas onde o mergulho é a única saída para não enfrentar a tortura.
Castigos, prisão, fome, máscara de flandres, terror, tronco, pelourinho, enforcamento em praça pública.
As tradições sendo mantidas e se misturando, se escondendo, se guardando e se consolidando.
Doze milhões de pessoas? Muito, muito mais. Eles não são registrados pois não são considerados gente.
Mas quem vai impedir a miscigenação? Aqui vai o mulato, o cafuzo e o caboclo.
Agora temos o brasileiro!
Açoites que desintegram a pele e marcam corpos e mentes com cicatrizes eternas. Rios infestados de piranhas onde o mergulho é a única saída para não enfrentar a tortura.
Castigos, prisão, fome, máscara de flandres, terror, tronco, pelourinho, enforcamento em praça pública.
As tradições sendo mantidas e se misturando, se escondendo, se guardando e se consolidando.
Doze milhões de pessoas? Muito, muito mais. Eles não são registrados pois não são considerados gente.
Mas quem vai impedir a miscigenação? Aqui vai o mulato, o cafuzo e o caboclo.
Agora temos o brasileiro!
Título: Os Tambores de São Luís
Autor: Josué Montello
Editora: Nova Fronteira
Ano: 1976
Páginas: 483
O negro na sua luta, nas suas revoltas, e na sua redenção. Obra das mais bem trabalhadas, original no seu tema e no seu processo técnico e que representa o ponto culminante da produção do autor, na concatenação aliciante da narrativa, na modelar limpidez da escrita e na densa atmosfera de suspense e paixão. Embora se passe numa única noite, que compõe uma parábola perfeita entre o seu começo e o seu imprevisto desfecho, o livro abarca todo um largo período de vida brasileira entre 1838 e 1915, com seus clérigos, seus políticos, seus escritores, seus tipos populares. E tudo isso a se desenrolar com o fundo sonoro dos tambores rituais vindo da casa das negras-minas, tocados ao longo da grande noite pela nostalgia, a fé, a revolta e o júbilo dos antigos escravos. Partindo de um episódio imprevisto, o encontro de dois homens mortos, um negro com uma facada nas costas, e um branco assassinado por uma paulada dentro de um bar, numa velha noite de 1915, o autor imaginou cruzar duas linhas narrativas, de modo que ambas se fundissem, numa perfeita harmonia de planos, fluindo à feição do barco que desliza pela superfície do lago, tangido pela aragem matinal. Mais de quatrocentos personagens dão movimento ao romance, numa linha de interesse crescente. (Fonte: Skoob)
Link interessante: Museu do Negro ou Cafua das Mercês
Autor: Josué Montello
Editora: Nova Fronteira
Ano: 1976
Páginas: 483
O negro na sua luta, nas suas revoltas, e na sua redenção. Obra das mais bem trabalhadas, original no seu tema e no seu processo técnico e que representa o ponto culminante da produção do autor, na concatenação aliciante da narrativa, na modelar limpidez da escrita e na densa atmosfera de suspense e paixão. Embora se passe numa única noite, que compõe uma parábola perfeita entre o seu começo e o seu imprevisto desfecho, o livro abarca todo um largo período de vida brasileira entre 1838 e 1915, com seus clérigos, seus políticos, seus escritores, seus tipos populares. E tudo isso a se desenrolar com o fundo sonoro dos tambores rituais vindo da casa das negras-minas, tocados ao longo da grande noite pela nostalgia, a fé, a revolta e o júbilo dos antigos escravos. Partindo de um episódio imprevisto, o encontro de dois homens mortos, um negro com uma facada nas costas, e um branco assassinado por uma paulada dentro de um bar, numa velha noite de 1915, o autor imaginou cruzar duas linhas narrativas, de modo que ambas se fundissem, numa perfeita harmonia de planos, fluindo à feição do barco que desliza pela superfície do lago, tangido pela aragem matinal. Mais de quatrocentos personagens dão movimento ao romance, numa linha de interesse crescente. (Fonte: Skoob)
Link interessante: Museu do Negro ou Cafua das Mercês
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