19 de janeiro de 2012

O que ficou e o que virá.

Vocês não fazem ideia de quantos rascunhos mentais foram feitos e quantos títulos diferentes o post de hoje teve. Por causa disso nem vou alugar vocês listando tudo aqui...
Queria escrever algo nostálgico. Algo profundo sobre perdas e ganhos. Talvez se eu conseguisse descrever essa melancolia de forma engraçada seria mais fácil. O motivo? Exatamente em um 19 de janeiro, quatro anos atrás eu estava saindo de São Luís rumo a São Paulo para de lá pegar meu avião para os Estados Unidos.
E aqui estou sentada na cozinha do meu "apertamento" alugado no Queens. Tá uma friaca braba lá fora, mas aqui dentro tá bem quentinho. Estou com muito sono e cansada. Claro que vou passar o dia relembrando sobre aquele dia no aeroporto, até mesmo os dias anteriores que culminaram na minha decisão. Vou pensar nas pessoas tão importantes para mim...

Eu queria escrever algo engraçado e não esse texto tão íntimo e pessoal saindo de uma mente letárgica e sonolenta. 
Se fosse possível colocar tudo em uma balança, o que pesaria mais? As perdas ou os ganhos? Talvez o que mais me assusta é que eu não sou mais a mesma pessoa. Aquela jovem recém-formada de 24 anos não existe mais. A jovem de 28 anos sentada em frente ao computador não sabe exatamente em que ponto ela está ou como pode se definir. Isso assusta e muito! Será que foi alguém que disse ou eu mesma que pensei que a essa altura eu não teria mais essas perguntas? Mas no fim das contas não são as perguntas que atormentam e sim as respostas.
Não, eu não queria escrever nada disso. Cadê meus rascunhos mentais que não voltam para mim?

É como se eu estivesse atravessando uma daquelas pontes de filmes que balançam de um lado para o outro no meio da selva (Sério! Por que construir uma ponte que ninguém vai conseguir atravessar?). A la Indiana Jones.
Estou exatamente no meio do que ficou e do que virá. A ponte está balançando muito, mas eu não vou olhar para baixo. De jeito nenhum eu volto para trás. O jeito é seguir em frente. O que virá me aguarda na outra margem. 


Descontrolada (Unglued, de Lysa TerKeurst)

São os adolescentes que andam na calçada como se fossem donos da rua e ainda têm a coragem de me xingar porque um deles esbarrou em mim. ...