ESCRITOR ORIENTAL
Não tenho a mínima ideia do que as pessoas estão falando quando se referem a esse livro. Ou talvez eu seja inculta mesmo e não saquei qual foi a do autor.
Pior que não, eu saquei qual foi a do autor, o problema é que não me prendeu, não me fez continuar virando as páginas para saber o que iria acontecer (ainda bem que é um livro com menos de 200 páginas), apenas continuei lendo só para acabar, mas sem nenhuma emoção para compartilhar com os personagens. O que é uma pena.
O que mais me alarmou foi que eu quase abandonei! O.o
Porém meu orgulho predominou. Como eu iria explicar para mim mesma o motivo de ter abandonado um livro tão pequeno? Já li coisas piores (com muito mais páginas até) e fui até o fim, mesmo que tenha sido para nunca mais dar outra oportunidade (seja ao livro e/ou autor).
Não estou aqui tirando o mérito desse autor específico nem de seu trabalho, mas como leitora inculta que sou, dificilmente eu vá ler de novo. Talvez eu tente uma outra obra... em um futuro distante.
Título: Snow Country
Título no Brasil: O País das Neves
Autor: Yasunari Kawabata
Editora: Vintage
Ano de lançamento: 1956
Páginas: 175
Shimamura is tired [Oo] of the bustling city. He takes the train through the
snow to the mountains of the west coast of Japan, to meet with a geisha
he believes he loves. Beautiful and innocent, Komako is tightly bound by
the rules of a rural geisha, and lives a life of servitude and
seclusion that is alien to Shimamura, and their love offers no freedom
to either of them. Snow Country is both delicate and subtle, reflecting
in Kawabata's exact, lyrical writing the unspoken love and the
understated passion of the young Japanese couple.
Shimamura e Komako é um casal que não me agradou, e confesso que é difícil compreender a ligação deles. Tá certo que tenho que olhar a questão cultural e as tradições, mas com licença, será que Shimamura iria gostar que a esposa dele saísse pelo país afora dormindo com outros homens???
Com isso, quem me conhece, já sabe que ele é o tipo de homem que eu mais desprezo. Ele é casado, tem filhos até, mas vive viajando... sozinho. Parece que ele herdou muito dinheiro e por isso não trabalha. Na verdade, em minha humilde opinião, ele não faz nada de útil na vida dele. #prontofalei
Komako é um mistério, e para completar tem tendência ao alcoolismo e transtorno obsessivo-compulsivo. Eu fiquei triste por ela, porque gostar de um homem como o Shimamura é roça e ninguém merece.
Eu já esperava pela melancolia que é tão presente na literatura asiática, mas a monotonia da história foi tão tediosa que, como já disse anteriormente, eu estive a ponto de abandonar a leitura. Eu também disse no SKOOB que até a paisagem gélida era mais interessante do que a interação entre os personagens; e quem conhece lugares extremamente frios sabe a desolação que é. Na verdade, agora que estou parando para organizar meus sentimentos em palavras escritas, quando o narrador mostra a paisagem, existe uma poesia muito forte, mesmo que seja apenas para descrever o frio e a neve. Essas foram as partes em que observei o lirismo dessa obra.
Ah, e sobre o título: na Introdução da edição que li (1996), explica que no inverno, fortes ventos da Sibéria captam umidade no mar do Japão que caem em forma de neve nas montanhas da Costa Oeste do país, e provavelmente essa região é a que mais neva no mundo inteiro, acumulando quase 5 metros de profundidade...
Bom, não vou dizer que não leiam, mas se o fizerem, gostaria de saber a opinião de vocês. E quem já leu???
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Até a próxima leitura (ou tema)! |