22 de maio de 2012

One Tuesday Morning, de Karen Kingsbury

FATOS HISTÓRICOS NA FICÇÃO: 11 de setembro de 2001.


Título: One Tuesday Morning
9/11 series (livro #1)
Autora: Karen Kingsbury
Editora: Zondervan
Ano: 2003
Páginas: 352 



 The last thing Jake Bryan knew was the roar of the World Trade Center collapsing on top of him and his fellow firefighters. The man in the hospital bed remembers nothing. Not rushing with his teammates up the stairway of the south tower to help trapped victims. Not being blasted from the building. And not the woman sitting by his bedside who says she is his wife.
Jamie Bryan will do anything to help her beloved husband regain his memory, and with it their storybook family life with their small daughter, Sierra. But that means helping Jake rediscover the one thing Jamie has never shared with him: his deep faith in God.
Jake's fondest prayer for his wife is about to have an impact beyond anything he could possibly have conceived.
One Tuesday Morning is a love story like none you have ever read: tender, poignant, commemorating the tragedy and heroism of September 11 and portraying the far-reaching power of God's faithfulness and a good man's love.


Vou começar falando sobre o que não gostei: o tamanho da fonte foi diminuída, quase imperceptivelmente, mas um astigmático percebe essas coisas. Comparei com todos os outros livros da mesma editora e no mesmo formato porque achei que tivessem colocado espaçamento simples, mas não, é o tamanho da fonte mesmo. Isso me agoniou e muito. He-llo, Zondervan, isso não se faz!

Lendo a sinopse, talvez você se lembre do livro/filme Para Sempre (sobre a esposa que sofre um acidente, perde a memória e não reconhece o marido quando acorda). Eu diria que é mais ou menos isso. Mais ou menos.
Chegou em um ponto em que achei tudo muito mirabolante pro meu gosto, mas acabei lembrando de algo que aconteceu com minha mãe. SPOILER/: Alguns meses após a morte do meu pai, minha mãe entrou em um ônibus e de repente ficou paralisada quando viu um homem sentado que parecia exatamente com meu pai. Ela ficou olhando para ele até perceber as diferenças, mas ela me disse que mesmo assim ele poderia ser um irmão gêmeo do meu pai (o que não era, claro). /FIM DE SPOILER.

Eric Michaels, um homem de negócios em ascensão, visa ganhar o lugar mais alto na corporação para qual ele trabalha, mesmo que isso signifique negligenciar a própria família; Laura, sua esposa, e Josh, seu filho. 
Eric está no escritório da empresa no 64° andar da torre sul do World Trade Center, quando os aviões atingem os prédios.
Jake Bryan, um bombeiro de NY, é o marido que toda mulher pediu a Deus, Jamie que o diga. Eles têm uma filha de 4 anos, Sierra, que é muita fofa e a responsável por eu ter chorado no último capítulo.
Jake, assim como praticamente todos os bombeiros da cidade naquele dia, faz parte do grupo que adentra os prédios para ajudar na evacuação e resgate de pessoas feridas.

Em sonhos agitados caminhei sozinho
Em ruas de pedras estreitas
Sob a auréola do poste
Virei meu colarinho contra o frio e umidade
Quando meus olhos foram apunhalados 
Pelo brilho da luz de néon
Que partiu a noite
E tocou o som do silêncio.

O que acontece, todos sabemos, já que isso faz parte da História recente. E a autora consegue descrever essas partes mais complicadas com tanta veracidade, que por alguns momentos eu me achei no meio daquelas pessoas descendo aquelas escadas infinitas, ou tentando entender o que tinha acabado de acontecer de dentro de seus escritórios.
 O livro me fez pensar e reforçar a ideia de que não importa o que a gente faça nessa vida ou quantos zeros nossa conta no banco possui; no fim, na hora da morte, somos todos iguais e não tem como fugir.
Por exemplo, eu nunca tinha parado para pensar nos viciados em trabalho (e dinheiro) que provavelmente continuaram trabalhando mesmo com a ordem de evacuação dada. Ou em como muitos deles, acreditavam que os prédios tinham sido construídos de tal forma que jamais desabariam (qualquer semelhança com Titanic...). Em menos de uma hora, Nova York sentiu na pele o que Hiroshima e Nagasaki sentiu décadas antes. A diferença entre as duas catastrófes é imensa, porém toda vez que penso naquela manhã de terça, eu lembro da bomba atômica. Quem pagou o preço nas duas tragédias é quem não tinha nada a ver com a história.

E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas, talvez mais
Pessoas conversando sem falar
Pessoas escutando sem ouvir
Pessoas escrevendo músicas que vozes nunca compartilham
E ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio.


 Música: The Sound of Silence, versão (linda) de Brooke Fraser.

Até a próxima leitura (ou tema)!

Descontrolada (Unglued, de Lysa TerKeurst)

São os adolescentes que andam na calçada como se fossem donos da rua e ainda têm a coragem de me xingar porque um deles esbarrou em mim. ...