31 de julho de 2012

É dada a largada!

Alô, amigos do blog (voz de Galvão Bueno). Transmissão ao vivo diretamente do acampamento virtual do NaNoWriMo (National Novel Writing Month) que vai começar em apenas duas horas...
[frio na barriga]

O que é isso? Basicamente um desafio lançado por esse site para que autores ao redor do mundo escrevam o primeiro rascunho de seus livros em 30 dias (clique no banner ali em cima do lado direito para mais detalhes).
Todos os participantes tem um alvo em comum: escrever 50 mil palavras em um mês. Isso! É um tipo de gincana, desafio, uma "olímpiada de escrita" que te faz trabalhar sob pressão, ou seja, já vai te preparando para a vida de escritor hehehe. O grande prêmio é alcançar a cota de palavras, ou seja, MUITAS pessoas saem vencedoras.
Para uma procrastinadora(?) de carteira assinada como eu, isso é um prato cheio para uma crise de nervos lá pelo dia 15.
Tradicionalmente, esse evento acontece em Novembro. Porém, esse ano, foi lançado o "acampamento" de verão. O primeiro aconteceu em Junho e agora o segundo em Agosto. 

Em um ataque de insanidade temporária e impulsividade eterna, eu me inscrevi (eu estava planejando para Novembro, mas final de ano é o Ó). O que vai acontecer agora? Eu. Não. Sei. Mas pelo menos posso dizer que vou tentar arrancar uma história de dentro de mim com começo, meio e fim.
Tudo é muito organizado por aqui, por exemplo, a única coisa que o site registra é o total de palavras, mas sua história mesmo é imediatamente apagada para evitar plágio. O que fica online são título, sinopse e um pedaço da história para seus companheiros saberem sobre o que você está escrevendo.
 Você pode participar de cabanas com mais 5 pessoas, ou ficar sozinho, se preferir.
Eu vou ficar numa cabana, e só conversei com uma colega da Alemanha até agora (já é 1 de agosto pra ela, por isso ela já começou a registrar seu progresso).
Ah, e de acordo com as regras, qualquer língua é aceitável, mas eu preferi colocar aquela história em inglês que eu mencionei há vários meses atrás.
Vocês não querem tentar também?

Eu pedi para Isaura cuidar do blog durante esse mês, mas ela se recusou (acho que ela ainda não me perdoou por eu ter feito com que ela se tornasse mais famosa ainda com esse post AQUI). Tá certo, confesso que perturbo muito a vida da coitadinha, mas ela tem que deixar de ser tímida, né?
Bom, por isso, se eu demorar a aparecer, não se preocupem, é porque o sinal de WiFi nas montanhas fica falhando muito, e provavelmente eu estarei perdida em 1985.

E se, por acaso, eu falar em desistir, vocês tem toda a permissão de puxar a minha orelha.
Okay, hora das acomodações agora. Nos vemos na linha de chegada, quer dizer, se a mala da Isaura ajudar, eu falo pra vocês sobre meu progresso durante o mês. Vamos convencê-la?

28 de julho de 2012

O inverno da minha alma



Você pode fugir para muito longe.
Você pode se esconder em um autoexílio onde ninguém nunca vai conseguir te encontrar.
Você pode sorrir, gritar. chorar, brincar, ser você mesmo.
Mas aquela dor profunda nunca é deixada para trás, ela é parte de você para sempre.

(...)
Escuto uma voz: "Você tem que aprender a se levantar sozinha porque eu não posso estar por perto para sempre"
Ele diz: quando você vai se convencer?
Quando você vai se amar tanto quanto eu te amo?
Quando você vai se convencer?
Porque as coisas vão mudar muito rápido
(...)
Eu te digo que sempre quero você por perto
Você diz: as coisas mudam, minha querida
(...)
Anos se passam e eu ainda estou aqui esperando
Perdendo o vigor onde algum boneco de neve esteve
 "Espelho, espelho meu", onde está o palácio de cristal?
Mas eu só consigo ver a mim mesma
 Patinando ao redor da verdade de quem eu sou
Mas eu sei, pai, o gelo está ficando fino
(...)
Tantos sonhos na estante
Você diz: eu queria que você se orgulhasse
Eu sempre quis isso também
 ("Winter" - Tori Amos)

25 de julho de 2012

O código das trevas


Minha cabeça está doendo. Literalmente! 
Tudo começou quando eu estava selecionando alguns layouts para o blog (aniversário tá bem aí ó). 
Muitos testes, muito isso e aquilo, de repente, apareceram as postagens repetidas.
Tudo bem, não foi a primeira vez que aconteceu, então lá fui eu pro Google encontrar a solução que eu já não lembrava mais.
Porém nada aconteceu. O código simplesmente não quer ser apagado. SEMPRE aparece uma mensagem de erro.
Voltei para o Google, procura daqui e dali, apareceu uma explicação sobre cookies de chocolate e cachês (recebi nada ainda). Segui as instruções e... nada.
Coloquei o blog em um layout simples do próprio blogger e... nada.
O código é o cão chupando manga no asfalto quente de meio-dia e simplesmente não é possível retirá-lo porque dá erro. SEMPRE DÁ ERRO!

b:widget id='Blog11' locked='false' title='Postagens no blog' type='Blog'/

(Tive que retirar algumas partes para ele aparecer).
Agora esse código aparece até nos meus sonhos, o que sinceramente eu considero como um pesadelo.
Hora de contratar os serviços de alguém, mas eu não tenho cartão de crédito.
Por isso não se preocupem se vocês não me virem muito pelas redes sociais. Estou precisando de uma rede verdadeira. E água de coco. E cafuné.

Enquanto tento descobrir o mistério do maldito código das trevas, a dor de cabeça continua...

20 de julho de 2012

Memória Literária #1: The Atonement Child (Aborto Interrompido)

Edições de 1997, 1999 e 2012 respectivamente.

Há livros que ficam com a gente por muito, muito tempo. Mesmo que a gente não lembre todos os detalhes, mas definitivamente a história em si permanece... em nossa memória.

Esse é um livro que conheci há muitos anos atrás, tantos anos que nem lembro se foi minha mãe ou eu que o comprou, mas alguém comprou e eu espero que ainda esteja lá em casa. Definitivamente foi um livro que marcou e ficou gravado na minha "memória literária" (será que esse quadro vem para ficar?).

 Naquele tempo pegar um livro cristão falando sobre aborto foi algo completamente diferente. Eu estava curiosa porque, afinal, se o professor de Filosofia colocou adolescentes do 1° ano (do antigo Segundo Grau) para discutir sobre o assunto, por que a igreja, ou pelo menos a literatura cristã não fazia a mesma coisa? Pensando bem, eu não era tão madura naquele tempo, então com certeza achei que ler um livro com a palavra "aborto" no título era meio que um tabu e ao mesmo tempo rebeldia. Eu iria ler sobre algo que você não ouvia ninguém falando na Escola Bíblica.
Mas a história acabou sendo completamente diferente do que eu tinha imaginado (não que eu lembre agora o que imaginei naquela época)

Aborto Interrompido é um romance dramático, permeado de fé e determinação, onde os personagens lutam para compreender a lógica de Deus, enquanto seus princípios morais e religiosos são desafiados. 
"Dynah comeu em silêncio enquanto um coro de vozes dentro de sua cabeça prosseguia discutindo acaloradamente. As vozes a favor do aborto gritavam mais alto, eram mais lógicas e mais comoventes ao seu espírito aniquilado e abatido. No entanto, havia uma outra voz, serena, calma, quase imperceptível, que dizia: NÃO, EXISTE UMA OUTRA MANEIRA." (sinopse disponível no SKOOB)

Ao "conhecer" Dynah, você vai conhecer uma garota doce, obediente, fiel a Deus e ao noivo; 99,9% perfeita, a filha que todo pai gostaria de ter e que os homens escolheriam como esposa. Mas uma noite, ela sofre o pior tipo de trauma que uma mulher pode sofrer, e a partir daí a vida dela vira um pesadelo.
Só agora fiz uma conexão aqui... Será que a autora escolheu esse nome para simbolizar a história bíblica sobre Diná, a filha de Jacó? Pode ser, apesar de que não temos muitas informações sobre o que aconteceu com a Diná da Bíblia depois que ela foi violentada e os irmãos dela saíram matando os caras lá.

Bom, você consegue entender meu ponto, né? A Dynah desse livro enquadra-se em praticamente todos os quesitos que a maioria das leis permite que uma mulher tenha um aborto, mas por uma razão que só dá pra entender lendo o livro, ela não toma essa decisão tão rapidamente quanto todo mundo quer que ela faça. Na verdade, será que não existiria outra solução? É isso que ela vai ter que descobrir em meio à dor e o desespero.
Não tem como não sofrer junto com Dynah, e principalmente ter vontade de esganar aquele noivo ridículo dela e todas as pessoas que a julgam mesmo sabendo a verdade sobre sua situação.

O livro me fez pensar em muitos aspectos da vida, especialmente no que diz respeito à facilidade em darmos respostas prontas para situações pelas quais nunca passamos; o difícil é enfrentar essas situações e tomar as decisões que não vão ferir nossa consciência.

*Vocês tem algum livro ou tema literário que ficou marcado na memória? Qual?

Pelas pesquisas que fiz, a versão brasileira está esgotada (United Press). E só encontrei três versões de outros países:
Capas: brasileira, holandesa¹, alemã² e polonesa³.
Traduções bem próximas do título original: ¹Uma criança de reconciliação / ²Que atribui a culpa / ³Criança expiação.

15 de julho de 2012

Mensagem

O concurso literário do blog Um Pouco de Mim não foi o primeiro do qual participei, mas foi o primeiro no qual fui selecionada.
Foi até bom eu ter ido para um lugar sem internet no dia seguinte porque eu pude aproveitar e parar de me beliscar (minha coxa está roxa). A sensação foi muito boa (não a de ficar me beliscando, claro), me senti quase como quando eu passei nos vestibulares. Foi bom sentir aquela emoção de novo.

O mais engraçado é que recentemente li um livro sobre escrita que nos aconselha e encontrar aquela temática polêmica e escrever a respeito dela. Foi o que fiz, claro que em 2004 (o ano em que escrevi o primeiro rascunho desse texto) eu não sabia disso ainda. Assim como não sei sobre muitas outras coisas nessa vida. Aquelas personagens apenas surgiram na minha cabeça naquele dia tantos anos atrás, e agora outras pessoas vão ter acesso à história.
Violência contra a mulher é "o que me assombra" por muitas razões, a principal é a mais óbvia de todas, eu sou mulher. Mas às vezes erramos ao acreditar que violência é apenas física. Os abusos emocional e psicológico são tão comuns que podem ser tidos como normais em um relacionamento. E acreditem, a linha entre o abuso emocional e físico é tênue e frágil, para que um se transforme no outro é necessário apenas um piscar de olhos, ou nem mesmo isso...

Bom, mas a minha mensagem hoje não vai ser para mulheres sofrendo em relacionamentos abusivos (a  gente pode conversar sobre isso em outro momento). Minha mensagem é para todos os aspirantes a escritores que estão lendo esse post: Escreva, escreva, reescreva, revise, edite e reescreva quantas vezes for preciso. É trabalhoso, é doloroso, mas é recompensador (e no meu caso, terapêutico), não desista na primeira rejeição (ou na centésima que seja); escrever é trabalho, e trabalho requer tempo, dedicação, suor, lágrimas (!), luta e persistência, muita persistência. O seu pior inimigo é você mesmo e aquela vozinha dentro da sua cabeça dizendo que o que você escreve não presta. Apesar de normal (essa voz interior), não deixe que ela te faça desistir ou perder o foco. A única maneira de melhorar nossa escrita é continuar escrevendo (e lendo MUITO).

Uma semana abençoada a todos e muito obrigada pela força e orações!!!

4 de julho de 2012

Wildflowers from Winter, de Katie Ganshert

 Toda essa dor
Me questiono se vou conseguir encontrar meu caminho
Me pergunto se minha vida poderia realmente mudar de verdade
Toda essa terra
Tudo que foi perdido pode de alguma forma ser encontrado?
Pode um jardim surgir desse solo?

"Quanto mais rigoroso for o inverno, mais flores vão surgir na primavera."
De acordo com o livro essa ideia é verdadeira no sentindo de quanto mais neve cai, mais flores nascem. Eu não sabia disso. Assim como eu não sabia exatamente o que eram wildflowers, a não ser o título do último livro da série Glenbrooke da, claro, Robin Jones Gunn. 
E parece que essas flores são as que conhecemos como "flores do campo". Não que eu saiba identificar alguma por aí, mas eu gosto de saber exatamente do que se trata, porque às vezes a gente consegue entender um livro muito melhor prestando atenção a esses detalhes.


Título: Wildflowers from Winter*
Autora: Katie Ganshert
Editora:Waterbrook Press
Ano: 2012
Páginas: 310



A young architect at a prestigious Chicago firm, Bethany Quinn has built a life far removed from her trailer park teen years. Until an interruption from her estranged mother reveals that tragedy has struck in her hometown and a reluctant Bethany is called back to rural Iowa. Determined to pay her respects while avoiding any emotional entanglements, she vows not to stay long. But the unexpected inheritance of farmland and a startling turn of events in Chicago forces Bethany to come up with a new plan.
Handsome farmhand Evan Price has taken care of the Quinn farm for years. So when Bethany is left the land, he must fight her decisions to realize his dreams. But even as he disagrees with Bethany’s vision, Evan feels drawn to her and the pain she keeps so carefully locked away.
For Bethany, making peace with her past and the God of her childhood doesn’t seem like the path to freedom. Is letting go the only way to new life, love and a peace she’s not even sure exists?

 Tu fazes coisas belas
Tu fazes coisas belas do pó
Tu fazes coisas belas
Tu fazes coisas belas de nós
Ao redor
Esperança está surgindo desse solo envelhecido
Do caos, vida está sendo encontrada em Ti
Tu me fazes novo
Tu estás me fazendo novo**

O prólogo já vem com uma "pancada" em primeira pessoa, uma menina de 12 anos tenta se matar.
O primeiro capítulo pula pra quase 20 anos no futuro. E eu soube bem ali que eu: 1) iria gostar da história; 2) iria chorar, ou pelo menos, sofrer junto com os personagens; e 3) iria guardar o livro comigo com muito amor e carinho para reler no futuro.
E a história se encaixa tão bem que a gente até duvida que essa seja a estreia dessa autora (acho que algumas pessoas já nascem escrevendo mesmo). O livro vem com pelo menos mais dois capítulos em primeira pessoa e o restante em terceira, sendo que às vezes temos mais dois pontos de vistas, da Robin (amiga de infância da Bethany) e de Evan (o fazendeiro gato que ganha do Quinn da série O'Malley). Falando nisso, o sobrenome da Bethany é Quinn também, será que eles são parentes? Montana não é tão longe assim de Iowa, ou é? Além do mais, Bethany trabalha e mora em... Chicago!
Voltando pra cá, a maior parte da história se passa em Peaks, uma cidadezinha rural e fictícia do estado de Iowa.
Se vocês estão imaginando fazendas e mais fazendas, vacas, bois, cabras, mulas, etc; é por aí mesmo. Pode torcer o nariz mesmo se não gostam daquele cheiro básico dos cavalos. Olha que até gosto deles, mas o cheiro não é um dos meus favoritos.
Mas sim, temos que falar sobre nossa protagonista Bethany, a garota da cidadezinha que foi embora para a cidade grande e não quis saber mais do passado até que ela é forçada a voltar dez anos depois.
No início não é fácil entender a antipatia que Bethany sente pelo lugar, pela própria mãe e o pastor da igreja da mesma. Mas quando as peças começam a se encaixar, quando a gente começa a conhecer mais detalhes, a gente consegue entender toda a amargura e dor que a protagonista guardou dentro de si por tantos anos.
E é exatamente sobre isso que o livro trata: amor, perdão, dor, mágoas, tristeza. luto, perdas.

É possível recuperar normalidade depois de uma perda dolorosa? É possível quebrar as barreiras impostas por falsos cristãos e encontrar o único e verdadeiro Deus?

Para acessar o site da autora e ler o primeiro capítulo do livro (em inglês), clique AQUI.

**Música: Beautiful Things - Gungor. (Uma historinha: ouvi essa música pela primeira vez na igreja há uns dois domingos atrás. Enquanto escrevia o rascunho desse post eu já tinha escolhido outras três músicas da minha playlist, mas quando abri o site da autora encontrei o vídeo dessa música como inspiração para a mesma. Não pensei duas vezes em mudar. Gosto quando essas coincidências-coisas-de-Deus acontecem).

Não esqueça de deixar sua nota abaixo (seu email é automaticamente cadastrado para sorteio no site da editora):

*Recebi este livro gratuitamente da WaterBrook Multnomah Publishing Group para esta resenha.

1 de julho de 2012

Terceiro Bimestre de 2012: Continuei lendo!

Yay! 
Tive ótimas surpresas nesse bimestre, além de dois livros que me puseram para dormir (literalmente), li um pouco de ação para compensar, tive momentos tristes, outros alegres e até um assustador (não muito). No meu bimestre também teve fim de série extremamente fofo (*-*), protagonista sem noção, um clássico que virou favorito, e vários autores que eu nunca tinha lido antes.
Vocês já viram resenhas de alguns desses livros por aqui, outros estão chegando.
Vamos ver do que é que estou falando?


Descontrolada (Unglued, de Lysa TerKeurst)

São os adolescentes que andam na calçada como se fossem donos da rua e ainda têm a coragem de me xingar porque um deles esbarrou em mim. ...