Há muitas palavras no meio cristão que são usadas e abusadas frequentemente. E de tão abusadas acabamos esquecendo o que elas realmente significam, não apenas na teoria, mas também na prática.
Graça é simplesmente isso. Não há nada que possamos fazer para merecermos, mesmo assim Deus nos oferece dia após dia, hora após hora, minuto após minuto, milésimo de segundo após milésimo de segundo.
E o mais hiper-mega-power-super é que
é de graça. Gratuitamente. Não custa nada.
Deixa eu tentar explicar melhor:
Eu e você estávamos ferrados. Naturalmente, Inevitavelmente.
Daí vem Jesus e diz pra gente relaxar, entregar pra Ele nossas vidas, nossos fardos, nossas dores, nossas perdas, nossas desilusões, nossos erros...
Por um momento a gente até fica abestalhado.
Puxa! Valeu aê, Jesus! Da hora! Ainda fazemos uma dancinha da vitória. Finalmente estamos livres de todo aquele peso
que estava causando tantos problemas na coluna até que...
Aquela segunda chance já é a décima.
Gastei toda a poupança do banco da bondade de Deus. Na verdade, estou com saldo devedor porque precisei tirar um empréstimo para tentar pagar a dívida anterior.
Ah, aquele arrependimento, aquele danado arrependimento que arrasto como se fosse o saco de roupa suja que acumulou por mais de um mês.
Meus cabelos não caem, eu os arranco porque preciso manter tudo sob controle. Descansar e me deleitar? Não existem no meu dicionário.
E Deus sussurra
graça.
Parando para pensar é uma palavra "mágica", é "a voz que nos chama para mudar e nos dá a força que precisamos para fazê-lo."
O capítulo que praticamente me segurou pelo pescoço e me jogou dentro das páginas, é o
Wet Feet (Pés Molhados). Eu já a li a história muitas vezes, tantas vezes que nem preciso checar para recitar aqui.
Na festa da Páscoa, um pouco antes da crucificação, Jesus se reuniu com seus discípulos para o que ficou conhecido como "A Última Ceia". Foi lá que ele falou um bocado de coisas que deixou os discípulos completamente zonzos. Talvez eles estivessem pensando que Jesus tivesse tomado mais vinho do que deveria. Afinal que história era essa do Filho de Deus morrer numa cruz?
Lembram o que mais acontece?
Ah, sim, sim, ele lavou os pés dos discípulos. Como a gente gosta dessa parte, né? Para ser líder tem que servir, etc etc...
Agora tentem visualizar a cena: Jesus lavou os pés de TODOS seus discípulos.
Perceberam?
Hum, peraí, todos? Todos? TODOS?! Até daquele Judas traíra?!
Eu nunca tinha percebido isso antes. Sério! Sempre tinha passado batido até o dia que Mr. Lucado resolveu mostrar que assim como Jesus lavou os pés de seu Judas, eu tenho que lavar o do meu. [BIG FACEPALM] Ah, esse senso de humor divino.
"Rancores sugam a alegria da vida. Vingança não vai pintar seu céu de azul de novo (...). Não. Vai te deixar amargurado, curvado e zangado. Dê a graça que você recebeu." (p.60-61)
Claro que isso é mais fácil dito do que feito. Mais fácil escrever a respeito aqui do meu quarto na frente do computador.
Uma coisa importante antes que esse post se torne um livro: A graça não aprova o erro. Perdoar alguém não significa que você deve ignorar o que essa pessoa fez, ou que você tem que gostar dessa pessoa. Não é nada disso!
"Graça não é cega. (...) A graça escolhe ver muito mais o perdão de Deus. Ela se recusa a permitir que a mágoa envenene o coração." (p.61)
Conte-me sua história, mostre-me suas feridas
E vou te mostrar o que o Amor vê quando olha para você
Dê-me os pedaços, despedaçados e machucados
E vou te mostrar o que o Amor vê quando olha para você.
Vejo o que fiz no ventre de sua mãe
Vejo o dia em que me apaixonei por você
Vejo seus amanhãs, nada é deixado para o acaso
Vejo as impressões digitais de meu Pai
Vejo sua história, vejo Meu nome
Escrito em cada página linda
Você vê a luta, você vê a vergonha
Eu vejo a razão pela qual Eu vim.
Eu vim por causa de sua história, Eu vim por causa de suas feridas
Para mostrar o que o Amor vê quando Eu vejo você.
Título: Grace - More than we deserve, greater than we imagine*
Autor: Max Lucado
Editora: Thomas Nelson
Ano: 2012
Páginas: 240
Comprar: Amazon / ChristianBook
Grace.
We talk as though we understand the term. The bank gives us a grace period. The seedy politician falls from grace. Musicians speak of a grace note. We describe an actress as gracious, a dancer as graceful. We use the word for hospitals, baby girls, kings, and premeal prayers. We talk as though we know what grace means.
But
do we really understand it? Have we settled for wimpy grace? It
politely occupies a phrase in a hymn, fits nicely on a church sign.
Never causes trouble or demands a response. When asked, “Do you believe
in grace?” who could say no?
Max Lucado asks a deeper question:
Have you been changed by grace? Shaped by grace? Strengthened by grace?
Emboldened by grace? Softened by grace? Snatched by the nape of your
neck and shaken to your senses by grace?
God’s grace has a
drenching about it. A wildness about it. A white-water, riptide,
turn-you-upside-downness about it. Grace comes after you. It rewires
you. From insecure to God secure. From regret riddled to
better-because-of-it. From afraid to die to ready to fly.
Grace is the voice that calls us to change and then gives us the power to pull it off.
Let’s make certain grace gets you.
PS: As traduções ruins das músicas são de inteira responsabilidade da autora desse post.
*Recebi esse livro gratuitamente através do Programa
BookSneeze® especificamente para esta resenha.