19 de junho de 2013

Vítima, eu?

Quando usamos a palavra vítima, ela nunca é usada em um sentido positivo. Basta perguntarmos pro nosso amigo Aurélio, deem uma olhada.
Por isso quando nos deparamos com a expressão “vítima da Graça”, ela nos causa estranheza. A gente não consegue ou não gosta de se imaginar como vítimas porque é como se isso denotasse fraqueza. E ninguém gosta de ser fraco. Vítima pode ser relacionada à violência também.
Porém, existe uma frase que se tornou tão enraigada em nosso subconsciente que é difícil mudá-la. “Somos vítimas das circunstâncias.” Nascemos, crescemos, vivemos e morremos acreditando que as circunstâncias são responsáveis por quem somos, por quem nos tornamos e até pelo que fazemos.
Mas será que é isso mesmo? Será que somos vítimas das nossas circunstâncias?

E é a partir desse questionamento que Robin Jones Gunn inicia seu  mais novo livro de não-ficção misturado com semiautobiografia (pelo que entendi das novas regras, tenho que escrever assim, alguém mais achando estranho?). 
Na verdade, de todos os livros em que ela fala um pouco de si, esse é o que mais possui autobiografia. A cada capítulo ela inicia contando uma situação real, e em seguida ela usa uma mulher da Bíblia para exemplificar o tópico e fazer a aplicação prática.
O livro é bem abrangente, incluindo assuntos pertinentes à vida feminina, mas sem alienar os possíveis leitores masculinos.
E claro, a “assinatura” Robin de qualidade (às vezes ela é um pouco Pollyanna, vocês não acham?)

Quem de nós não tem um sonho "morto", frustrado, nunca realizado?
O da autora? Ir para a África (mais precisamente lavar roupa em um rio da África Oo). Ela jamais imaginou que alcançaria muitos outros países através daquilo que ela considerava ser uma vergonha (seu talento para contar histórias).
Algumas passagens falaram comigo mais do que outras, mas o livro como um todo se tornou favorito porque tem tanta coisa nessa vida que a gente não consegue entender e é difícil aceitar. Mas quando paramos para compreender que somos humanos limitados e que Deus é ilimitado, isso traz uma perspectiva diferente. E então percebemos que sempre seremos "vítimas" da graça e do amor de Deus simplesmente porque Ele nunca desiste de nós.

Tudo é uma lição, a gente tem que aprender
O Mestre usa a vida, a vida usa tudo.
Será que oramos tanto sem nunca compreender
Que aquilo contra o que lutamos
Poderia ser o caminho que quer ensinar a viver o futuro.
(Errando e Aprendendo – Banda Resgate)



Título: Victim of Grace*
Autora: Robin Jones Gunn
Editora: Zondervan
Ano: 2013
Páginas:2005
Comprar: Amazon / ChristianBook



Robin Jones Gunn reveals poignant truths from her life as well as from the lives of women in the Bible as she flips the notion that we are at the mercy of circumstances. She asks, what if God has dreams for you? What if he is accomplishing those dreams in the midst of shattered hopes? When life doesn't go as expected, it's easy to feel like a victim. We look at the events that have gone wrong and view our lives as impaired. What if we could see our future as God sees it? Would our view radically change if we understood we are indeed victims rather than of happenstance? God, the Relentless Lover, has vigorously sought you. He has instilled dreams in your heart that are grander than you can imagine. But the route to their fulfillment often is through a path you wouldn't seek. What if God wants to take the hopes that tug at your heart and enliven them? Are you ready to live inside the mysterious joy of being a victim of grace?



* Recebi esse livro gratuitamente através do Programa BookSneeze®  especificamente para esta resenha.

Descontrolada (Unglued, de Lysa TerKeurst)

São os adolescentes que andam na calçada como se fossem donos da rua e ainda têm a coragem de me xingar porque um deles esbarrou em mim. ...